Luiza Clara Guedes Silva, de 19 anos, teve a morte encefálica declarada nesta quinta-feira, dia 17 de abril, quatro dias após ser estrangulada pelo próprio marido. A agressão aconteceu no dia 13 de abril, no bairro Cristo Redentor, em Criciúma.

Na ocasião, Luiza foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sem sinais vitais, mas conseguiu ser reanimada ainda no local. Ela foi encaminhada ao Hospital São José, onde permaneceu internada em estado grave.

Apesar dos esforços da equipe médica, o quadro evoluiu para morte encefálica, ou seja, o cérebro da vítima já não respondia a nenhum estímulo. O companheiro foi preso em flagrante logo após o crime.

Natural de Santana, no estado do Amapá, Luiza deixa dois filhos: um bebê recém-nascido e uma menina de quatro anos.

Família autoriza a doação de órgãos

Na madrugada desta sexta-feira, 18 de abril, o Hospital São José de Criciúma, onde a vítima estava internada, realizou mais uma captação de órgãos. A jovem, após sofrer uma parada cardiorrespiratória, evoluiu para morte encefálica. Com um gesto de profunda generosidade, a família autorizou a doação dos órgãos. Foram captados rins, fígado e córneas.

“A doação de órgãos é sempre um gesto de amor, mas quando se trata de uma pessoa tão jovem, a emoção é ainda mais forte. Mesmo em meio à dor, a família escolheu transformar essa perda em esperança para outras vidas. É um ato que toca profundamente a todos nós e reforça a importância de falar sobre doação”, destaca a enfermeira da CHT do HSJosé, Renata Mendes Machado.

Ajuda para custear o translado do corpo

A família de Luiza Clara Guedes Silva enfrenta, além do luto pela morte da jovem, dificuldades financeiras para realizar o translado do corpo até o Amapá, sua terra natal.

O pai de Luiza e a madrasta, acompanhados de um bebê de apenas 21 dias, conseguiram chegar a Criciúma com a ajuda de terceiros. Agora, no entanto, precisam de apoio urgente para os trâmites legais, incluindo o translado do corpo de Luiza para sua cidade de origem.

O serviço social está acompanhando o caso, mas os recursos disponíveis são insuficientes diante das necessidades da família. Por isso, os familiares pedem ajuda por meio de uma vakinha online ou via Pix.

Os interessados podem acessar a arrecadação online por meio deste link, ou enviar qualquer valor via Pix para o número 96 98140-7653, em nome de Jadroelson Oliveira da Silva (Banco PicPay).