A Prefeitura de Forquilhinha foi autorizada pela Câmara de Vereadores a realizar uma reforma administrativa, após a aprovação do projeto pela maioria dos legisladores do município. Com as mudanças, o Executivo ampliará o número de secretarias, que passará das atuais nove para 12, além da criação de novos departamentos. Os novos cargos representarão um impacto financeiro superior a R$ 1 milhão por ano para o município.
As novas secretarias serão: Captação de Recursos, Fazenda e Esporte, sendo que esta última se desvinculará da atual Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte. Além das novas pastas, a reforma prevê a criação de departamentos específicos para a gestão do Aeroporto Diomício Freitas—cuja administração será transferida do Governo do Estado para o município—, do Porto Seco, cuja construção está prevista para Forquilhinha, e da administração de parques e praças.
Segundo o prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, a reforma era necessária devido ao crescimento do município e ao aumento das demandas. “O modelo que estávamos usando era de 2010. A reforma se faz necessária, pois a cidade cresceu muito e continua crescendo. As demandas também aumentaram. Esse é um procedimento natural e não vai extrapolar nenhum limite de gasto. Tudo foi feito com responsabilidade e sempre pensando no melhor para Forquilhinha”, justificou o prefeito em relação ao aumento de despesas.
Voto contrário
Na Câmara de Vereadores, o projeto do Executivo foi aprovado por sete votos a favor e apenas um contrário, do vereador Felipe Dordet (Progressistas). O parlamentar de oposição destacou que os custos adicionais ultrapassarão R$ 4 milhões até o final da gestão. “Esse projeto não passou por discussão nas comissões, foi simplesmente tratorado. Meu voto é contra porque ele criará um impacto financeiro significativo. Segundo nossos estudos, o custo será de R$ 1,150 milhão por ano, totalizando mais de R$ 4 milhões ao longo dos quatro anos”, ressaltou Dordet.
O vereador também lembrou que, durante a campanha eleitoral, o prefeito reeleito havia prometido reduzir o número de secretarias para apenas seis. Além disso, questionou a criação de novos cargos e o valor dos salários. “O que mais me preocupa é a criação de novos cargos, entre eles o de gerente de compras e contratos da Saúde, que hoje não existe e terá um salário de R$ 8 mil”, pontuou Dordet.
Já o presidente da Câmara, vereador Célio Elias (PT), defendeu a proposta, argumentando que o crescimento do município justifica. “Aeroporto, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma escola em tempo integral. Tudo isso demanda mais profissionais. Os novos cargos são reflexo do desenvolvimento de Forquilhinha, e, em 2025, serão investidos R$ 150 milhões no município”, destacou Elias.
O prefeito Neguinho já definiu os nomes para as novas secretarias, e as nomeações devem ocorrer nos próximos dias. Para a Secretaria de Captação de Recursos, Silvana Goulart Padoin; a Secretaria da Fazenda, Nilzete Locks. Jailson da Rosa, que já respondia pela função, segue no Secretaria de Esporte e a Secretaria de Cultura e Turismo estará sob a gestão de Graziela Cravo.
